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Saciedade X Saciação

  • Foto do escritor: Samantha Ribeiro
    Samantha Ribeiro
  • 10 de fev. de 2019
  • 4 min de leitura



Ok. Parecem ser a mesma coisa, mas não. Existe uma diferença e uma GRANDE diferença entre saciedade e saciação. Pra quem está iniciando o programa whole30, no começo fica complicado confiar no nosso corpo para saber quando realmente estamos satisfeitos, ou quando devemos comer mais, porem CALMA. Prometo que isso vai melhorar, e vai melhorar MUITO!

Vamos entender a diferença entre um e outro:

- A saciedade ocorre no trato digestivo – especificamente, nos intestinos. Quando já digerimos e absorvemos calorias e nutrientes suficientes para atender às necessidades do corpo, hormônios enviam ao cérebro a mensagem “agora já estou bem nutrido”, o que reduz a vontade de continuar comendo. Não há como fingir ou enganar a saciedade, pois ela depende da nutrição real que os alimentos proporcionam. No entanto, como o processo de digestão é lento, esses sinais podem levar várias horas para serem transmitidos ao cérebro, o que significa que, isoladamente, não conseguem fazer um bom trabalho no sentido de nos impedir de comer demais. É aí que entra em cena a saciação.

- A saciação é regulada no cérebro e proporciona motivação mais oportuna para pararmos de comer. Baseia-se no sabor, no cheiro e na textura do alimento, na percepção de “estarmos cheios” e até na consciência do valor calórico de uma refeição. Quando come, você percebe diversas sensações (“Que delícia!”, “Eu não deveria comer o saco inteiro”, ou “Já estou ficando satisfeito”) que, juntas, enviam ao cérebro mensagens atualizadas para ajudar a distinguir se você ainda vai querer comer mais. Entretanto, ao contrário da saciedade, a saciação é uma estimativa que depende de suas percepções, não de uma medida absoluta.

O ideal seria que o cérebro nos sinalizasse para pararmos de comer quando o corpo sentisse que digerimos e absorvemos nutrição adequada para manter a saúde. Nesse caso, saciação e saciedade seriam sinônimos.

O prime rib contém bastante proteína, o macronutriente que proporciona maior saciedade, e gordura natural, o que aumenta ainda mais a capacidade da proteína de fornecer saciedade. Quando você come um prime rib, nota que, a cada garfada, diminui o desejo de comer mais carne. O primeiro pedaço de carne foi maravilhoso; o segundo, fantástico, mas, lá pela décima garfada, a textura, o cheiro e o sabor tornam-se menos atraentes. E, lá pelo décimo segundo pedaço de carne, você está satisfeito, não deseja mais o sabor nem a textura desse alimento – por isso, pousa o garfo no prato. Isso é saciação. Comer um corte de carne como um prime rib também demora mais do que consumir alimentos processados (uma vez que é preciso mastigar bastante antes de engolir a carne), o que dá ao cérebro uma chance de acompanhar o ritmo do estômago. À medida que você come e começa a digerir a carne, o corpo reconhece que os ricos nutrientes daquele pedaço de alimento são adequados às suas necessidades calóricas e de energia. Isso envia ao cérebro a mensagem “estamos sendo nutridos” enquanto você ainda está comendo, o que também reduz sua “vontade” de comer mais. Isso é saciedade. O mesmo já não acontece quando consumimos alimentos que carecem dos fatores de saciação da nutrição adequada – proteína suficiente, gorduras naturais e nutrientes essenciais. Vamos comparar a carne com um pacote de biscoitos recheados. O biscoito recheado é um alimento altamente processado, que quase não contém proteína, repleto de açúcar e substâncias químicas para acentuar o sabor e de gorduras adicionadas. Quando comemos biscoitos recheados (o que, em geral, fazemos com muito mais velocidade do que ao comermos um pedaço de carne), eles passam pelo sistema digestivo rapidamente sem proporcionar nutrição suficiente para induzir saciação nem saciedade. Assim, ao contrário do que acontece quando comemos carne, não existem freios que reduzam nossa vontade de comer. Desejamos comer o décimo biscoito recheado com a mesma intensidade que desejamos comer o primeiro. E não paramos de querer mais e mais porque, mesmo depois de termos consumido uma quantidade suficiente de calorias, o organismo sabe que ainda carecemos de nutrientes. E assim acabamos comendo o pacote inteiro de biscoito porque não se pode enganar a saciedade. No caso do biscoito recheado, a única razão que nos faz parar de comer é quando sentimos que o estômago está fisicamente cheio e percebemos que estamos prestes a passar mal de tanto exagerar nos biscoitos.

Resumindo: Esses alimentos cientificamente elaborados concentram sabores artificiais muito palatáveis (doce, gordura e salgado), que estimulam os centros de prazer com um impacto bem maior do que jamais poderíamos obter na natureza. O processamento elimina quase todo o valor nutritivo do alimento; entretanto, mantém todas as calorias. A mistura final (algo que não podemos, a essa altura, chamar de “alimento”) oferece uma impressionante variedade de sensações saborosíssimas a cada mordida – mas o corpo sabe que não há ali valor nutricional algum, por isso você continua querendo mais comida, mesmo depois de já estar cheio.

E isso a longo prazo entre com o que ja falamos por aqui! eles literalmente reprogramam nosso cérebro!

Quer entender agora qual hormônio que é responsável por esse equilíbrio? Então leia sobre LEPTINA.


Hartwig, Dallas. Tudo começa com a comida: Descubra os fundamentos do programa Whole30® e se surpreenda com as mudanças na sua vida . Sextante. Edição do Kindle.



 
 
 

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