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Leptina e sua importância

  • Foto do escritor: Samantha Ribeiro
    Samantha Ribeiro
  • 5 de fev. de 2019
  • 4 min de leitura


Agora vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto e entender o que é a leptina.

Como postamos no insta, nem toda pessoa magra é saudável. 70% dos meus pacientes possuem gordura visceral, que é uma gordura muito perigosa. Essas pessoas se enquadram na categoria dos resistentes à leptina.

Resumo: hormônio do “equilíbrio energético” secretado basicamente por células de gordura e liberado de forma proporcional à quantidade de gordura armazenada. A leptina informa ao cérebro o volume de gordura corporal que está armazenado e regula tanto a entrada de energia quanto o gasto energético, a fim de manter os níveis de gordura corporal em equilíbrio. O consumo excessivo de carboidratos, pobres em nutrientes e que provocam estímulos supernormais (já falamos sobre esse estimulo aqui), ocasiona níveis constantemente elevados de triglicerídeos e glicose no sangue, o que promove a resistência à leptina e o aumento dos depósitos de gordura, acompanhados de maior resistência à insulina. A leptina às vezes é descrita como o “hormônio da saciedade”, pois níveis mais elevados dessa substância ajudam a nos manter saciados e satisfeitos. Os níveis dessa substância seguem um ciclo diário normal associado basicamente ao horário das refeições. Como não comemos durante o sono, os níveis de leptina são bastante baixos de manhã. Isso desencadeia a secreção de hormônios estimuladores do apetite, e essa é uma das razões pelas quais acordamos com fome. (SE VOCÊ ACORDA SEM FOME, SAIBA QUE ESTE HORMÔNIO ESTÁ COMPLETAMENTE DESREGULADO, MAIS CALMA, O WHOLE30 RESOLVE ISSO) Depois da última refeição do dia (em geral, o jantar), os níveis de leptina estão mais altos, ajudando-nos a nos sentir cheios e satisfeitos até a hora de dormir.

No entanto, a principal função da leptina é regular os níveis gerais de fome e de atividade, a fim de manter o corpo em “equilíbrio energético” – ou seja, nem muito gordo, nem magro demais. A gordura corporal não é ruim – é o que nos permite sobreviver a longos períodos de escassez de comida.

Como a gordura é um depósito de armazenamento de energia, é fundamental que o corpo tenha um jeito de medir a quantidade de energia (gordura) que estará disponível em qualquer dado momento. As células de gordura fazem isso secretando leptina, como forma de comunicar ao cérebro se você está gordo demais, magro demais ou com gordura na medida certa. Com base nessa importantíssima mensagem da leptina, o cérebro nos oferece constantemente instruções subconscientes que norteiam nosso comportamento de busca por alimento e nossos níveis de atividade física. O problema começa, porém, quando os alimentos que consumimos promovem uma resposta psicológica prejudicial, levando à ingestão excessiva e crônica de carboidratos. Vamos recapitular? Quando você consome constantemente, em excesso, alimentos sem freios, eles inundam seu sistema com glicose. Com tanta oferta de açúcar, ele é queimado primeiro para gerar energia – o que significa que a gordura perde o protagonismo no processo metabólico e se acumula. Isso leva ao acúmulo de triglicerídeos no fígado e ao aumento dos níveis de glicose e triglicerídeos na corrente sanguínea. Mas como isso provoca problemas com a leptina? O excesso de glicose e triglicerídeos na corrente sanguínea chega a partes do cérebro e começa a prejudicar a capacidade dele de “ouvir” a mensagem da leptina. Isso leva a uma condição chamada resistência à leptina.

A resistência à leptina é como uma conversa hormonal muito louca. Normalmente, quando você acumula gordura corporal adequada, as células de gordura do corpo enviam ao cérebro uma mensagem (via leptina) dizendo: “Olha, temos energia suficiente armazenada, por isso você deve comer menos e se mexer mais.” Entretanto, quando receptores no cérebro e em outros tecidos se tornam menos sensíveis à leptina, mensagens como essas não são transmitidas. O cérebro não ouve a leptina dizer que você tem gordura corporal armazenada. O que significa que seu cérebro pensa que você está muito magro. Imagine que seu cérebro esteja cego, incapaz de enxergar a silhueta rechonchuda refletida no espelho ou o número assustador na balança. Ele precisa da leptina para lhe fornecer os fatos que não consegue ver. Assim, até que o cérebro ouça a leptina dizer “tudo bem, temos gordura suficiente”, ele vai continuar mandando você comer mais e se mexer menos de modo a garantir sua sobrevivência. Lembre-se, o cérebro é pessimista. E sem essa mensagem da leptina, seu subconsciente continuará orientando seus comportamentos como se você fosse magro demais – apesar de você saber que está ganhando peso. A resistência à leptina significa que você está ganhando gordura e nadando em leptina – mas o seu cérebro não tem a menor ideia disso, então desacelera seu metabolismo a fim de economizar combustível e lhe diz para comer mais. E não é muito fácil fazer isso quando alimentos que provocam estímulos supernormais, ricos em carboidratos e pobres em nutrientes estão suspirando aos seus ouvidos. Evidentemente, o consumo excessivo de carboidratos só faz promover mais queima de açúcar para produção de combustível, acúmulo adicional de gordura corporal (e a conversão do excesso de carboidratos em gordura) e níveis ainda mais elevados de triglicerídeos no sangue. O que agrava ainda mais a resistência à leptina.

O whole30 ajuda a regular os níveis de leptina e de diversos hormônios responsáveis pelo bom funcionamento do nosso organismo. Antigamente eu ficava desesperada sem saber o que iria lanchar entre cafe e almoço, entre almoço e pre-treino, e no fim pulava o pós treino e ia direto pra janta! Eu estava fazendo tudo errado e minha fome estava completamente descontrolada. Hoje em dia tomo café da manhã por volta das 6:45, almoço entre 11:30 ou meio dia (detalhe, não sinto fome entre o cafe e o almoço) E faço as refeições corretas! Estou amando e sei que meus hormônios estão finalmente regulados!




Hartwig, Dallas. Tudo começa com a comida: Descubra os fundamentos do programa Whole30® e se surpreenda com as mudanças na sua vida . Sextante. Edição do Kindle.

 
 
 

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